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segunda-feira, 18 de junho de 2012

O CASO PAI BRUNO: POLÊMICA NO SEGMENTO

Pai Bruno de Pombagira: prisão do falso pai de santo é aprovada por babalorixás, mas causa preocupação em concorrentes






Foi-se o tempo que os falsos pais de santo prometiam a volta da pessoa amada em três dias. Em tempos de internet e redes sociais, eles não têm tempo a perder: anunciam milagres em... três horas. E por telefone.
Para o presidente da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e babalaô (título de sacerdote do candomblé) Ivanir dos Santos, o que Edmar Santos de Araújo, de 23 anos, o "Pai" Bruno de Pombagira, fazia não era religião. Era crime. Ele foi preso após extorquir e ameaçar um cliente quarta-feira.
— Ele foi feito por quem? Ninguém sabe. Quando você é iniciado no candomblé, em uma casa de tradição e nome, aquele que o iniciou e deu autorização é responsável por você. Quem iniciou essa pessoa? Isso que ele faz não é religião. Ele é um criminoso — define Ivanir.
Para o babalorixá Paulo de Oxalá, é uma ofensa ao culto dos orixás definir prazo para os trabalhos religiosos:
— Nós temos o destino, chamado odum. Quem o determina é Orunmila (o senhor dos destinos). Se fosse assim, pai de santo não morria nem separava da mulher. Os babalorixás têm conhecimentos e dons, mas o orixá só dá o remédio de acordo com o merecimento e a fé.
Queimado no mercado
Acostumados a aparecer ao lado de Pai Bruno nos anúncios de jornal, outros religiosos que se apresentam como pais de santo se dizem preocupados. Pai Sérgio de Ogum acha que ficou "queimado" e quer limpar sua imagem. Mas garantiu que o movimento não diminuiu:
— Trabalho de um jeito, e o Pai Bruno de outro. Sou sério dentro do meu trabalho, que é ajudar as pessoas.
Na manhã de quinta-feira, o EXTRA ligou para um dos telefones de Pai Sérgio e foi informado pela atendente: era preciso pagar R$ 150. Na entrevista, o pai de santo negou que a prática seja comum e disse que só cobra pelo serviço que é feito.
A julgar pelos anúncios, são muitos. Em um deles, Pai Sérgio diz já ter resolvido 28 milhões de causas. Para chegar a esse recorde, se resolvesse um caso por minuto, teria que trabalhar por 53 anos sem parar. Disposto.
Pai Carlos, da Casa Lúcifer, diz que nem todo amor volta em três horas:
— Depende muito. Se são duas pessoas que estão na mesma casa, mas distantes, é possível — garante o religioso, que promete amarrar e trazer a pessoa amada "rastejando aos seus pés" em três, sete ou 14 dias. Melhor, só a Carminha.
A análise fria e objetiva dos números mostra que Pai Sérgio andou muito ocupado entre março e abril deste ano. Uma curva ascendente demonstra que, neste período, Pai Sérgio provou que o nome dele é trabalho. Analisados os valores brutos de junho, percebe-se um viés de alta nunca antes registrado no mundo dos espíritos. Na mesma época, Pai Bruno mostrou uma preocupante tendência à estagnação, apesar de ter revertido o quadro e melhorado seus resultados de forma significativa em junho.


Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/pai-bruno-de-pombagira-prisao-do-falso-pai-de-santo-aprovada-por-babalorixas-mas-causa-preocupacao-em-concorrentes-5225915.html#ixzz1y9oKEjhK

Um comentário:

  1. Não acredito,pois este tipo de pessoa só denigre o nosso culto,se eles fossem o que dizem ser acertariam na mega sena todas as vezes que o premio tivesse acumulado.Sou do culto desde 1978 e nunca vi tal coisa,porém tenho experiencia bastante para poder debater este tipo de coisa

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